Medicinal plants used by urban and rural inhabitants of Luziânia, Goiás, Brazil

Autores

  • Marina Neves Delgado Instituto Federal de Brasília - Campus Planaltina
  • Jessica s Pinto Gome Instituto Federal de Goiás - Campus Luziânia
  • Raphaela Braz de Castro Instituto Federal de Goiás - Campus Luziânia
  • Judite Araújo de Sousa Instituto Federal de Brasília - Campus Planaltina

DOI:

https://doi.org/10.18406/2316-1817v13n420211662

Palavras-chave:

Cerrado. Indicações terapêuticas. Levantamento etnobotânico. Quintais.

Resumo

The Brazilian flora is highly diverse, with the Cerrado biome featuring as the savanna with the highest richness of species in the world. Furthermore, the use of medicinal plants is a common and traditional practice among the Brazilian population. In that regard, it is expected that the populations of historical cities located in the Cerrado should have vast ethnobotanical knowledge. From this perspective, this study aimed to record the medicinal plants used by the inhabitants of Luziânia (GO), Brazil, and evaluate their socio-economic profiles. The inhabitants (18 from the urban area and 20 from the rural area) were selected by the ‘snowball’ technique and underwent semi-structured interviews that addressed socio-economic and ethnobotanical aspects. Among the interviewees, 74.4 % were women, with adults and older adults constituting the main connoisseurs, and 71 % had incomplete primary education. Most interviewees cultivated medicinal plants in their backyards and cited using leaves as the main plant organ for medicinal purposes. The interviewees from the urban and rural areas differed with regard to the form of obtaining knowledge (c2= 10,367; p < 0,05) since its origin was attributed to family transmission, reading, and from third parties in the urban area, whereas the rural inhabitants reported mainly family transmission. The interviewees cited 95 species, with no statistical difference between exotic and native species. However, the mentioned species were predominantly exotic. Lamiaceae, Asteraceae, and Fabaceae were the most representative families, and herbs were the most common type of medicinal plant. The most used species were Lippia alba (lemon balm), Mentha
arvensis (mint), Dysphania ambrosioides (mastruz), and Plectranthus barbatus and Plectranthus grandis (boldo). The main health problems treated with medicinal plants were cold, indigestion, stress, and respiratory problems.

Biografia do Autor

Marina Neves Delgado, Instituto Federal de Brasília - Campus Planaltina

Professora do Instituto Federal de Brasília, Doutora em Ecologia pela Universidade de Brasília, Mestre em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa, Bacharel licenciada em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Especialista em ecologia vegetal, plantas medicinais e cultivo agroecológico.

Referências

ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P.; ALENCAR, N. L. Métodos e técnicas para a coleta de dados. In: ALBUQUERQUE, U.P.; LUCENA, R.F.P.; CUNHA, L.V.F.C. (Ed.). Métodos e Técnicas na Pesquisa Etnobotânica. Recife: NUPEEA, 2010. p. 40-64.

ALCÂNTARA, T. Luziânia está entre as cidades mais violentas do Brasil. O Popular. 2018. Disponível em: <https://opopular.com.br/noticias/cidades/luzi%C3%A2nia-est%C3%A1-entre-as-cidades-mais-violentas-do-brasil-1.1558829> Acesso em: 02 de novembro de 2021.

ALMEIDA, C. F.C. B. R.; ALBUQUERQUE, U. P. 2002. Uso e conservação de plantas e animais medicinais no Estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil): um estudo de caso. Interciência, v. 26, n. 7, p. 276-285.

AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DISTASI, L. C. (Org.). Plantas medicinais, arte e ciência: um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: EDUSP, 1996. p. 47-68.

AMOROZO, M. C. M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 16, p. 189-203, 2002.

ANTONIO, G. D.; TESSER, C. D.; MORETTI-PIRES, R. O. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e promoção da saúde na atenção primária. Interface, v. 17, n. 46, p. 615-633, 2013.

AQUINO, F. G.; RIBEIRO, J. F.; GULIAS, A. P. S. M.; OLIVEIRA, M. C.; BARROS, C. J. S.; HAYES, K. M.; SILVA, M. R. Uso sustentável das plantas nativas do Cerrado: oportunidades e desafios. In: PARON, L.; AGUIAR, L. M. S.; DUBOC, E.; OLIVEIRA-FILHO, E. C.; CAMARGO, A. J. A.; AQUINO, F. G. Cerrado: desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável. Planaltina: EMBRAPA Cerrados, 2008. p. 95-123.

ARNOUS, A. H.; SANTOS, A. S.; BEINNER, R. P. C. Plantas medicinais de uso caseiro: Conhecimento popular e interesse por cultivo comunitário. Espaço para a Saúde, n. 6, p. 1-6, 2005.

BAUR, B.; SCHMID, B. Spatial and temporal patterns of genetic diversity within species. In: GASTON, K.J. Biodiversity, a biologyof numbers and differences. Oxford: Blackwell Science, 1996. p. 169-20.

BUDÓ, M. L. D.; RESTA, D. G.; DENARDIN, J. M.; RESSEL, L. B.; BORGES, Z. N. Práticas de cuidado em relação à dor: a cultura e as alternativas populares. Escola Anna Nery Revista Enfermagem, v. 12, n. 1, p. 90-96, 2008.

CODEPLAN DF. Pesquisa metropolitana por amostra de domicílio. PMAD – 2013 Luziânia. 2014. Disponível em: < https://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/Luzi%C3%A2nia-2013.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2021.

CORADIN, L.; CAMILLO, J. Introdução. In. VIEIRA, R. F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 19-26.

COSTA, J. C.; MARINHO, M. G. V. Etnobotânica de plantas medicinais em duas comunidades do município de Picuí, Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 18, n. 1, p. 125-134, 2016.

COTTON, C. M. Ethnobotany: principles and applications. New York: J. Wiley, 1996.

DIAS, B. F. S. A implementação da convenção sobre diversidade biológica no Brasil: desafios e oportunidades. Campinas: Fundação Tropical de Pesquisa e Tecnologia André Tosello, 1996.

FELFILI JM & BORGES-FILHO HC. Extrativismo racional da casca do barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville). Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2004.

FIGUEREDO, C. A.; GURGEL, I. G. D.; GURGEL-JÚNIOR, G. D. A. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: construção, perspectivas e desafios. Physis Revista de Saúde Coletiva, v. 24, n. 2, p. 381-400, 2014.

FILIZOLA, B. C.; SAMPAIO, M. B. Boas Práticas de Manejo para o Extrativismo Sustentável de Cascas. Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza. 2015. 108 p. Disponível em: < https://ispn.org.br/site/wp-content/uploads/2018/10/BoasPraticasCascas.pdf>. Acesso em: 31 de outubro de 2021.

FLORA DO BRASIL 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 30 de outubro de 2021.

GOMES, J. P; CLEMENTE, A. D.; OLIVEIRA, R. C.; PINTO, M. A. B.; DELGADO, M. N. Plantas medicinais usadas pelas comunidades tradicionais e por moradores das áreas rurais da cidade de Luziânia - GO. Em formação. Cadernos de Iniciação Científica e Tecnologia do IFG _ Destaques 2013/14 (Livro impresso). Goiânia: IFG, 2015. p. 65-77.

GONÇALVES, J. P.; LUCAS, F. C. A. Agrobiodiversidade e etnoconhecimento em quintais de Abaetetuba, Pará, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 15, n. 3, p. 119-134, 2017.

GUERRA, M. P.; NODARI, R.O.; REIS, M.S.; ORTH, A. I. A diversidade dos recursos genéticos vegetais e a nova pesquisa agrícola. Ciência Rural, v. 28, n. 3, p. 521-528, 1998.

GUERRA, P. G.; NODARI, R. O. Biodiversidade: aspectos biológicos, geográficos, legais e éticos. In. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento, 5ª Edição. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. p. 13-28.

HAMMER, Ø.; HARPER, D. A. T.; RYAN, P. D. PAST: Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeo Electronica, v. 4, p. 1-9, 2001.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Luziânia. 2017. Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/luziania/panorama>. Acesso em: Acesso em: 05 de novembro de 2021.

IMB. Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. Painéis municipais Luziânia. 2016. Disponível em:< https://www.imb.go.gov.br/files/docs/publicacoes/paineis-municipais/luziania-201612.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2021.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2011.

MEDEIROS, A. C. S.; NOGUEIRA, A. C. Planejamento da Coleta de Sementes Florestais Nativas. Circular Técnica 126. Colombo: EMBRAPA Florestas, 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/293956/1/circtec126.pdf>. Acesso em: 02 de novembro de 2021.

MESSIAS, M. C. T. B.; MENEGATTO, M. F.; PRADO, A. C. C.; SANTOS, B. R.; GUIMARÃES, M. F. M. Uso popular de plantas medicinais e perfil socioeconômico dos usuários: um estudo em área urbana em Ouro Preto, MG, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 1, p. 76-104, 2015.

MEYERS, N.; MITTERMEIER, R. A.; MITTERMEIER, C. G.; FONSECA, G. A. B.; KENT, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, p. 853-858, 2000.

NETO, G.G.; MORAIS, R.G. Recursos medicinais de espécies do cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Botanica Brasilica, v. 17, n. 4, p. 561-584, 2003.

OLIVEIRA, D. M. S.; LUCENA, E. M. P. O uso de plantas medicinais por moradores de Quixadá- Ceará. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 3, p. 407-412, 2015.

PASA, M. C.; SOARES, J.J.; GUARIM-NETO, G. Estudo etnobotânico na Comunidade de Conceição-Açu (alto da bacia do rio Aricá Açu, MT, Brasil). Acta Botanica Brasilica, v. 19, n. 2, p. 195-207, 2005.

PILLA, M. A. C.; AMOROZZO, M. C. M.; Furlan, a. 2006. Obtenção e uso das plantas medicinais no distrito de Martim Francisco, Município de Mogi-Mirim, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 20, n. 4, p. 789-802.

PRADEICZUK, A.; EICHEMBERG, M. T.; KISSMAN, C. Urban ethnobotany: a case study in neighborhoods of different ages in Chapecó, Santa Catarina State. Acta Botanica Brasilica, v. 31, n. 2, p. 276-285, 2017.

SALES, J. P.; NODA, S. N.; MENDONÇA, M. A. F.; BRANCO, F. M. C. A pecuária no sistema de produção familiar na microrregião do alto Solimões, Amazonas. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 3, n. 1, p. 20-27, 2008.

SILVA, C. S. P.; PROENÇA, C. E. B. Uso e disponibilidade de recursos medicinais no município de Ouro Verde de Goiás, GO, Brasil. Acta Botânica Brasilica, vol. 22, n.2, p. 481-492, 2008.

SOEJARTO, D. D. Biodiversity prospecting and benefit sharing: pespectives from the Field. Journal of Ethnopharmacology, v. 51, p.1-15, 1996

SOUSA, J. A.; SILVA, Y. S.; ROQUE, F. C.; FERNANDES, S. D. C.; DELGADO, M. N. Use of medicinal plants and socioeconomic evaluation of urban and rural populations of Sobradinho (DF - Brazil). Revista Agrogeoambiental, v. 12, p. 50-63, 2020.

SOUZA, L. F.; DIAS, R. F.; GUILHERME, F. A. G.; COELHO, C. P. Plantas medicinais referenciadas por raizeiros no município de Jataí, estado de Goiás. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.18, n. 2, p. 451-461, 2016.

SOUZA, C. D.; FELFILI, J. M. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, n. 20, p. 135-142, 2006.

SOUZA, V. C.; FLORES, T. B.; COLLETTA, G. D.; COLEHO, R. L. G. Guia das Plantas do Cerrado. Piracicaba: Taxon Brasil Editora e Livraria, 2018.

VEIGA-JÚNIOR, V. F.; PINTO, A. C.; MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v. 28, p. 519-528, 2005.

WINKLERPRINS, A. M. G. A. House-lot gardens in Santarém, Pará, Brazil: linking rural with urban. Urban Ecosystems, v. 6, n.1, p. 43-65, 2002.

ZENI, A. L. B.; PARISOTTO, A. V.; MATTOS, G.; SANTA-HELENA, E. T. Utilização de plantas medicinais como remédio caseiro na Atenção Primária em Blumenau, Santa Catarina, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 8, p. 2703-2712, 2017.

Publicado

23-06-2022

Como Citar

Neves Delgado, M., Pinto Gome, J. s, Braz de Castro, R., & Araújo de Sousa, J. (2022). Medicinal plants used by urban and rural inhabitants of Luziânia, Goiás, Brazil. Revista Agrogeoambiental, 13(4). https://doi.org/10.18406/2316-1817v13n420211662

Edição

Seção

Artigo Científico