A crise paradigmática nas ciências de identificação de plantas e a valorização da etnobotânica

Autores

  • Gustavo Crizel Gomes Progama de Pós Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
  • Carlos Alberto Barbosa Medeiros Embrapa Clima Temperado
  • João Carlos Costa Gomes Embrapa Clima Temperado
  • Rosa Lia Barbieri Embrapa Clima Temperado

DOI:

https://doi.org/10.18406/2316-1817v9n12017896

Resumo

As ciências de identificação de plantas passam por uma crise paradigmática. Essa ciência teve seu início com a taxonomia de Lineu, baseada em características morfológicas, e teve a partir de Darwin a evolução como paradigma central. Desde o século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação dos seres vivos, com o uso da genética molecular na comparação de genomas. Mais recentemente, com avanços na biologia molecular e na bioinformática, mapeamentos genéticos e diagnósticos passaram a ser cada vez mais rápidos e precisos, provocando mudanças de nome (espécie) e família de algumas plantas, algumas vezes em poucos anos. Essas mudanças não afetaram populações tradicionais, agricultores familiares e mateiros, que continuam usando alguns caracteres tidos como secundários (estruturas vegetativas) para a sistemática clássica. Tais aspectos dendrológicos não só permitiram identificar as plantas com nomes populares, mas também a reconhecer seus usos, pois serviram de remédio, comida, uso na marcenaria, em construções e energéticos, entre outros. O que se propõe é a valorização desses conhecimentos em articulação com os novos paradigmas científicos, visto que ambos são complementares e contribuem, cada qual com suas peculiaridades, um com maior relevância e o outro com maior precisão, ao entendimento da flora arbórea, suas potencialidades e contribuições para a espécie humana.

Palavras-chave: Sistemática vegetal. Conhecimento tradicional. Filogenia.

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Publicado

12-04-2017

Como Citar

Gomes, G. C., Medeiros, C. A. B., Gomes, J. C. C., & Barbieri, R. L. (2017). A crise paradigmática nas ciências de identificação de plantas e a valorização da etnobotânica. Revista Agrogeoambiental, 9(1). https://doi.org/10.18406/2316-1817v9n12017896

Edição

Seção

Revisão de Literatura