Potencial de utilização de resíduos da indústria papeleira como substratos para cultivo de Ganoderma lucidum (Reishi)
DOI:
https://doi.org/10.18406/2316-1817v10n320181146Palabras clave:
Microbiologia ambiental, papel e celulose, cogumelo.Resumen
No Brasil, o Paraná é um dos estados que mais recebem destaque no setor de papel e celulose. A Ibema Cia Brasileira de Papel é a terceira maior fabricante de papelcartão do país, responsável pela geração de lucros e empregos, mas também de resíduos, como a varredura da área do pátio de madeira (VAR), a fibra da fábrica de pasta mecânica (FPM) e fibra da estação de tratamento de efluentes (ETE). O cultivo de cogumelos em resíduos da indústria há muito tempo é avaliado, visto que esses organismos apresentam propriedades biodegradadoras, alimentares e até medicinais. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os resíduos da indústria papeleira e avaliar a aplicação destes e de suas misturas para a produção de cogumelos Ganoderma lucidum. A presença de elementos químicos foi determinada com uso de microscopia eletrônica de varredura acoplado a um detector de espectro de energia dispersiva. Após o preparo dos substratos em sacos plásticos, inoculação com grãos de trigo miceliados e incubação, foi avaliado o crescimento e vigor micelial, o surgimento de primórdios e basidiomas. Nenhum substrato apresentou elementos químicos prejudiciais ao ser humano. O resíduo FPM e o substrato padrão apresentaram crescimento micelial fortemente adensado, bem como a formação de primórdios e basidiomas aos 65 dias e 26 dias após a colonização dos substratos, respectivamente. O resíduo FPM serviu como substrato para o desenvolvimento de G. lucidum, de forma que seu uso na produção do cogumelo possibilita agregar valor a este resíduo e reduzir sua disposição no meio ambiente.
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