Cultivo de alface-americana e feijão- de-corda sob diferentes adubos orgânicos para o Centro-Oeste Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.18406/2316-1817v10n220181170Palabras clave:
Adubação orgânica. Agricultura familiar. Produção de alimentos.Resumen
As culturas de alface americana (Lactuca sativa L.) e feijão-de-corda (Vigna unguiculata (L.) Walp.) são de grande importância para os agricultores familiares. Entretanto, a adubação dessas culturas apresenta altos custos para o produtor. Por isso, torna-se necessária a utilização de fontes alternativas de nutrientes, mais econômicas e mais acessíveis à agricultura familiar. Assim sendo, objetivou-se avaliar a influência de diferentes adubos orgânicos (cama de frango, estercos bovino e ovino) no desempenho das culturas alface americana e feijão-de-corda. Na alface americana, os dados avaliados foram diâmetro de cabeça, número de folhas, biomassa fresca e altura das plantas. No feijão-de-corda, os dados avaliados aos 23 dias foram números de folhas expandidas e tamanhodas plantas. Aos 120 dias de cultivo, nós avaliamos número de vagens produzidas, comprimento de vagens, peso fresco total das vagens, número de grãos produzido por vagem e peso total de 100 grãos. No cultivo de alface, o tratamento com esterco ovino apresentou maior diâmetro de cabeça, número de folhas e peso fresco em relação à testemunha. No cultivo de feijão-de-corda aos 23 dias, o tratamento cama de frango foi o melhor para número de folhas expandidas e tamanho das plantas em relação à testemunha. Aos 120 dias não foram encontradas diferenças estatísticas na produção dos feijoeiros entre os tratamentos. O presente estudo demonstra a importância do uso de adubos orgânicos na produção familiar, uma vez que maiores rendimentos de alface foram obtidos com o uso de esterco ovino em relação ao controle. Fato não observado na cultura de feijão-de-corda.
Citas
ANDRADE JR.A.S.; SANTOS, A.A.; SOBRINHO, C.A.; BASTOS, E.A.; MELO, F.B.; VIANA, F.M.P.; FREIRE FILHO, F.R.; CARNEIRO, J.S.; ROCHA, M.M.; CARDOSO, M.J.; SILVA,P.H.S.; RIBEIRO, V.Q. Sistemas de Produção 2. Cultivo do Feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.). (EMBRAPA). p 19-20, 2002.
ARCADE, J.C.; GUIDOLIN, J.A.; LOPES, A.S. Os adubos e a eficiência das adubações. 3ª edição. Boletim técnico Nº 3. São Paulo: ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos, 1998.
ARMANDO, M. S.; BUENO, Y. M.; ALVES, E. R. S.; CAVALCANTE C. H. Agrofloresta para Agricultura Familiar. Circular técnica Nº 16. Brasília: Embrapa Sede, p. 01-11, 2002.
CAETANO, L.C.S.; FERREIRA, J.M.; ARAUJO, M.L.; SILVA, V.V.; LEAL, M.A.A.; ANDRADE, W.E.B.; COELHO, R.G.; CUNHA, H.C.; SARMENTO, W.R.M.; CUNHA, H.; STORHM.; COSTA, R.A.; SILVA, J.A.C. A cultura da alface: perspectivas, tecnologias e viabilidade. Niterói: PESAGRO-RIO, 2001.
CASSOL, P. C. Eficiência de fertilizantes de estrume de vaca e frango como fonte de fósforo às plantas. Porto Alegre, UFRGS, 1999. 167f. Tese (Doutorado em Ciência do Solo). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1999.
CASTELLETTI, C.H.M.; COSTA, A.F.D. Feijão caupi: alternativa sustentável para os sistemas produtivos. Pesquisa Agropecuária Pernambucana, v. 18, n. 1, p. 1-2, 2013.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Custos de produção agrícola: a metodologia da Conab. p. 8-9, 2010. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conabweb/download/safra/custos>. Acesso em 05 de abril de 2016.
COSTA, J.P.; RIMKUS, L.M.; REYDON, B.P. Agricultura Familiar, Tentativas e Estratégias para assegurar um mercado e uma renda. Unicamp. 2008. Disponível em: <http://www.sober.org.br/palestra/9/846.pdf>. Acesso em 15 de março de 2016.
COSTA, M.B.B. Adubação orgânica: nova síntese e novo caminho para a agricultura. São Paulo: Ícone, 1994. 102 p.
DANTAS, A.M. Materiais orgânicos e produção de alface americana. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) –Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília – UNB. Brasília, 2011.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Solos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (EMBRAPA). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2ª Edição. Brasília: Embrapa, 2006. 306 p.
FIGUEIREDO, C. C; RAMOS MLG; McMANUS C. M; MENEZES A. M. 2012. Mineralização de esterco de ovinos e sua influência na produção de alface. Horticultura Brasileira 30: 175-179, 2012.
FONTES, P. C. R. Alface. In. RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ V. V. H. (Ed.). Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5a Aproximação, Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais – CFSEMG, 1999. 177p.
FREIRE FILHO, F.R.; LIMA, J.A.A.; RIBEIRO, V. Q. Feijão caupi: avanços tecnológicos. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. 519 p.
FREIRE FILHO, F.R. Feijão-Caupi no Brasil Produção, melhoramento genético, avanços e desafios. Embrapa Meio-Norte, Teresina - PI, 2011. Disponível em: < http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/84470/1/feijao-caupi.pdf>. Acesso em 25 de março de 2016.
FURTINI NETO, A.E.; VALE, F.R.; RESENDE, A.V.; GUILHERME, L.R.G.; GUEDES, G.A.A. Fertilidade do solo. Lavras: UFLA, 2001. 261 p.
GRIMES, J. L. Alternatives litter materials for growing poultry. North Carolina Poultry Industry Newsletter, 2004, 5 p.
HOTTA, L.F. K. Interação de progênies de alface do grupo americano por épocas de cultivo. Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Faculdade de ciências agronômicas Campus de Botucatu. 2008, p. 05.
INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS (IAC). Hortaliças: alface. Disponível em <http://www.iac.sp.gov.br/ Tecnologias/Alface/Alface>. Acesso em 06 de março de 2016.
KANO, C.; CARDOSO, AII.; VILAS BOAS, R. S. Influência de doses de potássio nos teores de macronutrientes em plantas e sementes de alface. Horticultura Brasileira, v. 28, n. 3, 287-291 p., 2010.
LOPES, J.C.; RIBEIRO, L.G.; ARAÚJO, M.G.; BERALDO, M.R.B.S. Produção de alface com doses de lodo de esgoto. Horticultura Brasileira, v. 23, n. 1, p. 143-147, 2005.
MENEZES, R.S.C.; SALCEDO. I.H. Mineralização de N após incorporação de adubos orgânicos em um Neossolo Regolítico cultivado com milho. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.11, p. 361-367, 2007.
MENEZES, R.S.C.; SILVA, T. O. Mudanças na fertilidade de um Neossolo Regolítico após seis anos de adubação orgânica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.12, p. 251-257, 2008.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Secretária da Agricultura Familiar. Disponível em: <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/>. Acesso em 01 de novembro de 2015.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Sala de impressa. Notícias: Agricultura familiar. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/falemds/perguntasfrequentes/ bolsa-familia/programas-complementares/beneficiario/agricultura-familiar> Acesso em 01 de novembro de 2015.
PAGANINI, F.J. Manejo de cama. In. MENDES, A.A.; NÄÄS, I.A.; MACARI, M. (Ed.). Produção de frangos de corte. Campinas: FACTA, 356p, 2004.
PASSOS, A.M.B. Cama de Frango, esterco de curral e pó de carvão na cultura da soja. 2010. Tese (Doutorado) -Programa de Pós – graduação em Agronomia/Fitotecnia da Universidade Federal de Lavras. Lavras, 2010.
PEIXOTO FILHO, J.U.; FREIRE, M.B.G.S.; FREIRE, F.J.; MIRANDA, M.F.A.; PESSOA, L.G.M.; KAMIMURA, K.M. Produtividade de alface com doses de esterco de frango, bovino e ovino em cultivos sucessivos. 2013. Rev. Bras. de Engenharia Agrícola e Ambiental v.17, n.4, p.419–424, 2013.
RODRIGUES, I.N.; LOPES, M.T.G.; LOPES, R.; GAMA, A.S.; MILAGRES, C.P. Desempenho de cultivares de alface na região de Manaus. Horticultura Brasileira, v. 26, p. 524-527, 2008.
SALA, F.C.; COSTA, C.P. Retrospectiva e tendência da alface cultura brasileira. Horticultura Brasileira, v. 30, p. 187-194, 2012.
SANCHEZ, S. V. Avaliação de cultivares de alface crespa produzidas em hidroponia tipo NFT em dois ambientes protegidos em Ribeirão Preto (SP). São Paulo. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) – Universidade Estadual Paulista Campus Jaboticabal, 63p., 2007.
SANTOS, J.F.; GRANGEIRO, J.I.T.; OLIVEIRA, M.E.C. Produção da cultura da mamoneira em função da fertilização com cama de galinha. 2009. Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 7, n. 1, p. 169-180, 2010.
SILVA, C.A. Uso de resíduos orgânicos na agricultura. In: SANTOS, G. A. (Ed.) et al. Fundamentos da matéria orgânica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicais. Porto Alegre: Metrópole, 2008. p. 597-624.
SILVA, T.O.; MENEZES, R.S.C.; TIESSEN, H.; SAMPAIO, E.V.S.B.; SALCEDO, I.H.; SILVEIRA, L.M. Adubação orgânica da batata com esterco e/ou Crotalaria juncea. I - Produtividade vegetal e estoque de nutrientes no solo em longo prazo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.31, p. 39-49, 2007.
SILVA, T. R.; MENEZES, J.F.S.; SIMON, G.A. ASSIS, R.L. Desenvolvimento inicial do milho em um latossolo vermelho distrófico com aplicação de cama de poedeira. Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p.1-7, 2013.
SIMPLÍCIO, A.A.; WANDER, A.E.; LEITE, E.R.; LOPES, E.A.A. Caprino-ovinocultura de corte como alternativa para a geração de emprego e renda. Sobral: Embrapa Caprinos, 2004, 44 p.
TRANI, P.E.; RAIJ, B. Hortaliças. In: RAIJ, B.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. (Ed.). Recomendações de adubação e calagem para o estado de
São Paulo. Campinas: IAC. 1997. p.157-163 (Boletim Técnico, 100).
VILLELA, N. J.; HENZ, G. P. Situação atual da participação das hortaliças no agronegócio brasileiro. Cadernos de Ciência e Tecnologia, v. 17, n. 1, p. 73, 2000.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La Revista Agrogeoambiental es un periódico científico de acceso abierto y gratuito.
La sumisión de artículos y demás obras de comunicación científica para la Revista Agrogeoambiental implica plena aceptación por el autor y los coautores de la política de derechos de autor abajo:
● Autor y coautores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licença Creative Commons Attribution, que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
● Autor y coautores tienen permitido y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después de su aceptación y publicación por la Revista Agrogeoambiental - manteniendo el reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
● Autor y coautores declaran que la obra es de autoría de ellos y se responsabilizan por su originalidad y por las opiniones contenidas en ella.
● Una vez aceptado y publicado el artículo, autor y co-autores autorizan a la editorial a publicar en los medios y métodos para la elección del editor.
● El autor y coautores consagran los derechos de autor moral de la obra publicada.