Estudo energético do esterco bovino: seu valor de substituição e impacto da biodigestão anaeróbia
DOI:
https://doi.org/10.18406/2316-1817v4n12012373Resumen
A bovinocultura brasileira tem se desenvolvido de forma notável nas últimas décadas. O rebanho nacional de 205 milhões de cabeças atende à produção de carne e leite para o mercado interno e exportações, gerando em 2010 cerca de R$ 67 bilhões. Um subproduto importante da criação de gado bovino é o esterco, cuja utilização como fertilizante em diversas culturas, permite reciclar nutrientes e manter a produtividade do solo em níveis adequados. No presente trabalho, se avalia a produção de esterco bovino, desde o ponto de vista energético, considerando seu valor fertilizante (em termos de macronutrientes disponíveis) e a substituição de adubo químico com igual valor fertilizante. Também se avalia o potencial de produção de biogás a partir de esterco, assumindo dados de operação de biodigestores rurais. Considerando o rebanho brasileiro em 2009, foi estimado um potencial de geração de biogás através do esterco bovino em 62,9 bilhões de m/ano, com valor energético estimado em 7,9.10 GJ/ano, a possível geração de 117,08 TWh/ano de energia elétrica e a disponibilidade anual de 17,97.106 toneladas de macronutrientes (N, P, K). Ao considerar a substituição do fertilizante 8 químico pelo biofertilizante, obteve-se uma economia de energia fóssil na ordem de 6,1.10 GJ/ano. Em relação às emissões de gases de efeito estufa evitadas, o manejo adequado do esterco bovino proporciona, aproximadamente, a mitigação de 564.122 Gg de CO eq./ano, o que corresponde a cerca de 73% das emissões totais brasileiras de CH e N O no ano de 2005. (Nota do editor: resumo com fórmulas matemáticas completas no PDF)Descargas
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