Viabilidade e interações do plantio consorciado de pinhão-manso e girassol

Autores

  • Ricardo Coeli Simões Coelho Universidade Federal de São Carlos
  • Lee Tseng Sheng Gerald Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Agrárias (Araras, SP), Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural. Professor Orientador

DOI:

https://doi.org/10.18406/2316-1817v5n22013463

Resumo

Com o recente advento do biodiesel no Brasil, houve um aumento significativo no número de pesquisas com as oleaginosas potenciais como matéria-prima, destacando-se o Pinhão-Manso (Jatropha curcas L.), tanto devido às excelentes características técnicas do óleo, bem como à rusticidade e produtividade da planta. Contudo, como a produção econômica do pinhão-manso inicia-se a partir do terceiro ano, há necessidade de estudar o plantio em sistema de consórcio. O objetivo deste trabalho foi avaliar as interações e a viabilidade técnica e econômica do consórcio de pinhão-manso e girassol (Helianthus annuus L.). Também foi objeto de estudo a produtividade da cultura do girassol e o desenvolvimento das plantas de pinhão-manso sob a influência de sua semeadura nos lados oeste e leste das filas de cultivo. Possíveis efeitos alelopáticos entre as culturas foram avaliados. O projeto foi implantado no campus da UFSCar, em Araras, São Paulo. As mudas de pinhão-manso foram plantadas em maio de 1998, no espaçamento de 2 metros entre as plantas e de 4 metros entre as linhas de plantio. A semeadura do girassol, variedade Iarama, foi realizada em novembro de 2008, com quatro linhas de plantio, espaçadas em cinquenta centímetros, estimando-se 50.000 plantas por hectare. Adotou-se o delineamento de parcelas subdivididas, com quatro repetições e quatro combinações de consórcios, sendo, T1: plantio de girassol em ambos os lados da linha de plantio de pinhão-manso; T2: plantio de girassol a oeste da linha de pinhão-manso, o lado leste foi reservado para germinação de plantas espontâneas; T3: plantio de girassol a leste da linha de pinhão-manso, o lado oeste foi reservado para germinação de plantas espontâneas; T4: ambos os lados da linha de pinhão manso foram reservados para a germinação de plantas espontâneas. Foi concluído que não houve influência no desenvolvimento do pinhão-manso em plantio consorciado com girassol e que a produção do girassol também não foi influenciada pelo pinhão-manso. Observou-se também uma inibição de plantas espontâneas nas áreas com girassol. A alternativa deste consórcio demonstra ser uma boa opção para o programa nacional de biodiesel.

Biografia do Autor

Ricardo Coeli Simões Coelho, Universidade Federal de São Carlos

Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural

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Publicado

18-09-2013

Como Citar

Coelho, R. C. S., & Gerald, L. T. S. (2013). Viabilidade e interações do plantio consorciado de pinhão-manso e girassol. Revista Agrogeoambiental, 5(2). https://doi.org/10.18406/2316-1817v5n22013463

Edição

Seção

Artigo Científico